A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), de que fazem parte os Sindicatos e Associações mais representativos do sector da Segurança Interna, esteve hoje reunida, na sede da ASPPM, em Lisboa, para analisar o momento que se vive nas várias Forças e Serviços de Segurança.
No que diz respeito aos aspectos socioprofissionais, ficou claro que há um descontentamento transversal a todos os sectores da Segurança Interna, com a ausência de diálogo e negociação por parte das respectivas tutelas. Assiste-se, assim, a uma degradação das condições laborais dos Profissionais das diversas áreas, com repercussões evidentes na qualidade do serviço prestado aos cidadãos por estas entidades, que levaram já a iniciativas de protesto.
Estas questões entroncam no crónico desinvestimento que tem vindo a agravar-se nas Forças e Serviços de Segurança ao longo dos últimos, sendo que, neste campo, e tendo em conta as notícias vindas a público em torno do Orçamento de Estado para 2011, não se vislumbram alterações. Este desinvestimento tem levado à não contratação de efectivo para as diferentes Forças e Serviços de Segurança, à degradação das instalações e à falta de equipamento para o desempenho das diferentes missões.
As dificuldades orçamentais tendem a traçar uma tendência governamental para a privatização de algumas áreas, como está a acontecer com a ASAE e o SEF, cuja dificuldade em assegurar os serviços está a contratar empresas para a realização dos mesmos.
Tendo em conta o panorama actual e a preocupação reinante nos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança em relação à Segurança Pública, um dos pilares do sistema democrático, a CCP agendou um encontro nacional para o início de Novembro, que reunirá dirigentes e delegados dos vários Sindicatos e Associações.
O SECRETARIADO NACIONAL DA CCP
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